terça-feira, 4 de agosto de 2009

Birds on wire


For my brother...Este é para ti.
Espero que gostes. Abraço.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Menina

Menina de franja preta que caminha no desconhecido
seu vestido que cobre agora o esqueleto do seu destino.
Menina do cigarro , do café e do sofá
por onde passas agora ? Porque eu não te encontro cá.
Menina da praia, dos trapos e do sorriso,
menina morena que sempre iluminou o meu caminho.
Menina da rua 6 , da janela à nossa cama
menina do mel e do fogo , por favor acende a nossa fogueira.  
Foge menina esguia deste nosso amor rouco.
Foge...mas para mim caminha num profundo beijo louco. 
Menina de resposta pronta de coluna de mulher
nunca vi tanta beleza  desde a manhã que te vi nascer.
Havia chuva e havia àgua, havia vento e tempestade
mas quando para mim olhavas era fogo e de verdade.
Menina amante e amiga, companheira do meu coração
neste poema humilde eternizo a minha paixão.
Gostava ainda de poder um dia contigo partilhar
a mudança de um caminho que a ti me faz chegar.
Menina de muito amor, do mais puro que já vi
em poucas palavras te digo , és linda  e gosto de ti . 

domingo, 14 de junho de 2009

KEOPZ

Quando saí à disputa do teu jogo dos cinco elementos , fui alegre e disposto a tudo , sem qualquer coisa que me prendesse , sabendo que eras especial, sabendo que era um momento, um daqueles que te poem um sorriso na cara, um daqueles que te faz brilhar. Quando nessa dança parei para te olhar, vi um sorriso esmagador e talvez um pouco enbriagado que me confortou e me segredou quem eras tu . E nesse segundo embora que esmagado por tamanha invasão de bem estar vi-te desta forma bonita que vale a pena recordar. Tinhas os cabelos soltos e os teus olhos...os teu olhos, esses maginficos seres brilhavam pelo poder do teu à vontade e acima de tudo pelo poder de liberdade que neles transpareciam, eras feliz, estavas feliz, e relembrar este momento faz-me concluir que amar-te é ver-te como essa noite, é ver-te e concluir que  sim , que te amo , que estás dentro de mim para sempre  e o jogo da vida que me levaste a percorrer é o mais extraordinario de todos. Eu amo-te e quero ver-te feliz. 

segunda-feira, 8 de junho de 2009

triste eu?

triste eu?
triste do outro de quem não sei nada
nada triste do outro lado do muro
Triste eu?
Triste porquê?
A tristeza que sinto não muda o outro
o outro não muda a minha tristeza.
Triste eu?
Triste tu.
Se a tristeza falasse não havia sofrimento.
Triste do quê?
Triste de mim e de ti.
Triste dos outros que te tocam.
triste daqueles que te acompanham.
Triste eu?
Tristeza muda ,que grita por inocência.
Tristeza que mata pela calada e te faz cair.
Triste ele?
Triste daquele que a tenta mudar e fazê-la falar.
Triste eu?
Triste da mudança e não da continuidade.
O triste é já não se poder ser triste.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Janelas


Quanto tempo preciso para te dizer tudo o que não deixaste ? Hoje tenho raiva, hoje acordo com muita, muita raiva. Sempre é melhor que nada , sempre é melhor que o vazio e falta de emoção que invade o teu coração e o de outras milhares de pessoas que por ai deambulam e fazem-se apenas ouvir pelos pedidos formais e obrigatorios que têm que fazer ao longo da vida, ao longo dos anos. 
A grande diferença é que rendermos-nos ao nosso aprisionamento é rendermos-nos perante a vida, segredinhos aos ouvidos de terceiros que escondem de ti proprio o que realmente queres, rende-te perante ti e sempre perante ti, não o faças pelos outros pensando que és muito corajosa! Realmente és ...muito corajosa, hoje acordei com raiva, hoje estou vivo , hoje grito , grito por tudo ser tão egoista e por ser tão pouco valioso. Não existe o antigamente que é tão bonito , é pena que não exista, eu gosto do antigo, gosta do verdadeiro antigo , exactamente por ser verdadeiro. O presente, já não lhe dou muito crédito , é falso, traiçoeiro e à primeira oportunidade não perdoa, não tem piedade, não pensa em ti. 
Se um dia pudesse entrar por ti no labirinto que é o certo e o errado , não perderia tempo a decidir, não ficaria à porta a pensar e repensar  aquilo que sei que tenho que fazer...Afinal o que é o certo?...o que é o errado? Se queres saber mesmo...Acho que é tudo errado!!!! É isso mesmo, estamos todos errados. TODOS! Certo é o amor, certo são as pessoas em quem acreditamos, certo são as crianças, certo é o BEM, certo não sou eu ou tu...Certo somos Nós! 
Sinto a tua falta... e isso corrompe-me , isso doi-me, isso faz-me mal. Não tenho caminhos nem estratégias, nem jogos nem esquemas, sou só sentimentos e esses não têm combinações ou códigos, são decifraveis com lágrimas, com  o lamento de não estares mais perto de mim. Ontem um pequeno pássaro pousou na minha janela aberta, ouvi o seu cantar ao longe e não reparei logo que ali se encontrava , quando o vi ali empoleirado , aproximei-me dele com medo que voasse, com medo que fugisse e impedisse a minha contemplação , ele não fugiu, ali ficou e cantou um pouco mais para mim, eu fiquei sentado a menos de um metro dele e durante aquele breve tempo em que se envaideceu e me fez companhia, fiquei mais cheio , fiquei mais eu. Mas voou e seguiu juntando-se aos outros que se encontravam empoleirados na àrvore em frente da janela . Percebi por instantes que outros passaros foram ter com ele e lhe deram bicadas, talvez pelo seu atrevimento, preocupados com o que lhe poderia ter acontecido ou com o que eu lhe poderia ter feito. 
Como gostaria que a minha vida naquele momento se tornasse naquela fábula que tinha presenciado. Como gostaria de ser aquele passaro a voar para quem o protege, para quem o alimenta, para quem dele cuida. Não sou aquele pássaro pensei...e deitei-me sonhando sê-lo. 

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Caveira

Crava a unha na carne e fere o morto no ouvido
cala a boca que arde, mostra que estás sozinho.
Limpa o sangue e a saliva seca e presa ao chão
dá-me um pano e limpa a alma desta maldita compaixão.
Morde o lábio que treme por não saber de quem é
vive a vida sem respirar, caminha pelo teu proprio pé.
Sai de ti ternura má que me atropela os sentimentos
falsos pretextos e emoções só para cair no esquecimento.
Tenho facas e bastões apontados ao meu peito
cavam-se buracos no estomago que me fazem andar direito.
Raios e trovões apoderam-se da minha alma
Castigos e penitencias fazem arte da minha raça.
Sou só eu... venho sozinho, cheguei sem armas e descalço
pensei que quisesses estar comigo .
Numa preguiça distante não encontro janelas
não encontro um perdão, sento-me e espero por elas. 


quinta-feira, 14 de maio de 2009

Para quem de direito

És tu que eu amo e com quem gostaria de viver
Provo de mil maneiras mas tu não queres saber
O passado que sucumbiu foi suficiente para aprender
que no meu coração sempre estiveste , simplesmente
estava cego para o ver. 

Que fique escrito para não existirem duvidas.

Amo-te. Faz disso o que quiseres.

Para a Isabel.

sábado, 9 de maio de 2009

Blue Saturday

Blue is my color , is in my hands and in my dreams
It rains in my heart and in my eyes, i don´t control this submarine.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

If i was a Super Hero

I don´t need to run fast or fly
I don´t need to be invisible or invencible
I don´t want fame or fancy costumes
If my only and only power would be to love unconditionally 
Beeing happy making the others happy 
Spreading rays of pure love out to the world and wait for my simple reward
A smile , a piece of light on a face, on your face.
That would be enough to carry me on this walk 
I don´t have super powers and i don´t have you. 
If i was a super hero i would be a man. 

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Revolução ou morte


Estamos agora mais velhos, cansados e angustiados do que estávamos há  35 anos. Mesmo que agora quisessemos uma nova revolução não teriamos forças para a sustentar. A proxima revolução tem e deve ser cultural. 

Só para não me esquecer que estava certo quando rever este post daqui a mais 35 anos. 

sexta-feira, 27 de março de 2009

Aperto

As breves palavras que não saciam o desejo
o leve toque da tua mão, ambicionando apenas mais um beijo
As palavras pobres que flutuam paradas no tempo
esperam um abraço ou apenas um aconchego lento
E a  boca que desespera por amor
faz desesperar os olhos que brilham por tamanho ardor
Salas vazias nas nossas vidas
onde vagueiam agora pessoas desconhecidas
longa a noite e também os dias 
onde voam abertamente pequenas almas vazias
Passo a passo abre-se um sentimento
desconhecido e voraz buscando apenas um momento
oportuno e sinico assim é este caminho
onde parece que só eu o percorro sozinho
Em vão se desfazem coisas boas
só porque crescemos e aprendemos que gostamos destas pessoas.
Apertos de garganta , dos sonhos e do coração
fazem rasgar os tambores que uivam no meu coração.

terça-feira, 17 de março de 2009


Madre perola na tua boca fria
verde molhado, na tua pele macia
toco o infinito para te ter
desfaço razões para não te perder
saio de casa com o cabelo molhado
não tenho chaves para te dar o recado
amigos que bom vos ter
são portos seguros nestes infernos de prazer
garganta que arranha pela secura
aqui vamos nós em mais uma noite escura
olhos baços e gestos perfeitos
embala o cego nos seus meandros
Madre perola na tua boca fria
mais uma tarde passada sem a tua companhia
criança perdida e esgotada
nada neste caminho te mostrará a encruzilhada
corre veloz para não te ver
segue seu caminho, minha ira, raiva , sede de viver
Madre perola na tua boca fria
deixa-me de rastos, vive por segundos a minha vida
sangue quente e carne trémula 
fugo para sempre desta realidade eterna
saiem palavras e gritos dedilhados
são furias rasgadas de guitarras isoladas
faco poesia com os meus sentimentos
para quê camuflar tão estranhos lamentos
são sonhos quebrados e vidas refeitas
são eles o lamento de todos os meus desejos
Madre perola na tua boca fria
só paro se te vir na minha vida
rostos sós e iluminados
são parte de nós e de todo este passado
vamos com ritmo nesta escrita desenfreada
sigo o vento e a chuva, não me pára a trovoada
Madre perola na tua boca fria
Cava-me no peito a tua serventia
desenterra os fantasmas e faz-me sofrer
não guardes nada no presente de morrer
Madre perola na tua boca fria
quente este desejo de voltar a ter um pouco da tua vida.
Lento o ritmo como me tratas
sou mais um no teu rasgado baralho de cartas.
Madre perola na tua boca fria
chora em mim uma criança cuja luz perdeu o dia. 

terça-feira, 3 de março de 2009

Saudade

Saudade é solidão acompanhada, 
é quando o amor ainda não foi embora, 
mas o amado já... 

Saudade é amar um passado que ainda não passou, 
é recusar um presente que nos magoa, 
é não ver o futuro que nos convida...

Saudade é sentir que existe o que não existe mais... 

Saudade é o inferno dos que perderam, 
é a dor dos que ficaram para trás, 
é o gosto de morte na boca dos que continuam... 

Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade: 
aquela que nunca amou. 

E esse é o maior dos sofrimentos: 
não ter por quem sentir saudades, 
passar pela vida e não viver. 

O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.

Pablo Neruda

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

pequena grande fé

Quando tinha quatro ou cinco anos, não sei ao certo precisar, mas teria já idade suficiente para entender o poder de algumas palavras, a minha mãe ensinou-me uma oração, que ainda hoje é a unica que consigo dizer de cor e  que em casos de aflição recorro  confortando-me em situações de perigo ou de nervosismo, como por exemplo andar de avião , do qual tenho um medo terrifico e que os mais proximos de mim consideram até cómico . Acho esta oração das mais honestas e verdadeiras  que já ouvi, nunca a ouvi da boca de mais ninguém sem ser da minha mãe, o que a torna ainda mais especial para mim, mais crente , sendo que não sou  devoto a um deus especifico, mas há algo nesta pequena prece que me é tão familiar e que me enche de paz e conforto e por isso quis partilhá-la . Obrigado Fátima. Minha mãe. 

Anjinho da guarda, minha companhia
Guardai a minha alma, de noite e de dia.
Obrigado bom jesus , pelo vosso grande amor
perdoai o mal que fiz e ajudai-me a ser melhor. 

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

O menino e a luz


O menino pálido feito de neve e sardas não podia apanhar sol
escondia-se por detrás de cortinas escuras , onde também chorava as suas mágoas 
brincando no breu, sorria desperto, fraco pela sombra , pálido de medo
chorava no seu quarto pondo as lágrimas a descoberto .

Certo dia no seu escuro, algo aconteceu, 
uma luz vinda de um tumulo repentinamente o aqueceu
Não era a luz do sol, nem nenhuma que conhecesse .
Era clara como a lua , pediu-lhe que a protegesse.

Rapidamente a colocou no bolso do seu pequeno casaco
e perguntou-lhe o porquê de tamanho embaraço?
Ela respondeu que também ela era fragil
que só no escuro mais negro conseguia encontrar coragem.

Não tenhas medo disse o menino
de ti eu  vou cuidar, és a luz caida no meu destino
não te vou deixar apagar.

A pequena luz agradeceu aquecendo o seu caminho
anos de alegria se sucederam até chegar um fatal destino.
As cortinas rasgaram-se e cairam no chão
o menino derreteu com a pequena luz na sua mão

Ambos ficaram eternamente agradecidos.
Pois foi ela que o aqueceu desde o primeiro dia.
Ele porque fez dela a  mulher da sua vida.





quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

soltos


Faço a etiquetagem continua das pessoas que conheço
Paro, olho, vivo e escrevo revivendo essas pobres vidas
remexendo nas suas almas para que se esforcem mais e mais
Falta de luta e de vergonha em tantos rostos conhecidos
Quanto mais corro mais vejo o quanto tudo se torna aborrecido

Falta de riso e de lágrimas , falta de intenção e atenção
todos se movem no nada, nem as etiquetas penduradas 
nem elas vos trarão paz , riqueza ou mesmo o perdão.
Perguntas-te à consciência alguma coisa ? 
Pareceu-me bem que não.

E todos correm parados e imoveis 
todos fintam para entrar em algum lado, pertencerem a alguém
Talvez fujam por um dia, um mês , um ano , uma vida 
Acordando na espuma do mar, tirando vento a quem não tem  ninguém. 

Esses que agora me vêem parados , olhando para trás
não sintam dor nem odio, continuem sem parar
Existe no meu mundo uma guerra
Uma guerra calma e quente , que atravessa os corações dos Homens
e os arrefece e me deixa a mim cada vez mais distante.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Lords of the sun



Those were the days where gray did not exist
When we climbed the big mountain believing we wouldn´t get old.
It was impossible then, maybe still is, but for those out there in the cold
let the sun shine above from the past to put a litle warm in our souls.
To put a litle warm in our souls.
Because we now .

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

dias, pensamentos.


 Assim que nascemos, choramos por nos vermos neste imenso palco de loucos .


william Shakespeare (Rei Lear)


  

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Meter para dentro

É comer e calar, é ficares em silencio à espera da derradeira solidão sonolenta.
A perguiça que te estende às veias e que espera que morras, sentado e velho.
A sabedoria e a experiência aqui não valem nada, só a postura e a mordaça.
As frases seguidas e sistemáticas que te prendem ao chão frio e calado.
O que bate lá fora, não te bate cá dentro porque és estanque da tua propria inocência.
E a ferida que se abre em sal, só sara quando a porta bate e o eco se espalha na sala da tua consciência.
Se sabeis de alguém a que pertença este pedaço de corpo , não o divulgues e deixá-lo ir sozinho.
Se na tinta do discurso sentires a amargura da alma, forra-te de amor e ternura para o tentares derrotar , para seguires o caminho.
Se tentas reabrir o que fechas , tende cuidado, pois é no sangue que está a dor e pode bem ser ele o teu destino.

domingo, 24 de agosto de 2008