sexta-feira, 27 de março de 2009

Aperto

As breves palavras que não saciam o desejo
o leve toque da tua mão, ambicionando apenas mais um beijo
As palavras pobres que flutuam paradas no tempo
esperam um abraço ou apenas um aconchego lento
E a  boca que desespera por amor
faz desesperar os olhos que brilham por tamanho ardor
Salas vazias nas nossas vidas
onde vagueiam agora pessoas desconhecidas
longa a noite e também os dias 
onde voam abertamente pequenas almas vazias
Passo a passo abre-se um sentimento
desconhecido e voraz buscando apenas um momento
oportuno e sinico assim é este caminho
onde parece que só eu o percorro sozinho
Em vão se desfazem coisas boas
só porque crescemos e aprendemos que gostamos destas pessoas.
Apertos de garganta , dos sonhos e do coração
fazem rasgar os tambores que uivam no meu coração.

1 comentário:

Fatima Gouveia disse...

Juventude, tempo bom,
difícil tempo de sonhos inacabados
e promessas inconsequentes.
A esperança baldada em desejos adolescentes.
Juventude me engana e ilude.
Juventude é grosseira e rude.
Juventude não acaba jamais.
Juventude não me deixa em paz.
Juventude é ter vinte e um e com a Juventude, nada em comum.
Juventude acaba comigo.
Juventude permanece em mim.

Ah, juventude...
seu maior perigo é não ter um fim.