domingo, 14 de junho de 2009
KEOPZ
Quando saí à disputa do teu jogo dos cinco elementos , fui alegre e disposto a tudo , sem qualquer coisa que me prendesse , sabendo que eras especial, sabendo que era um momento, um daqueles que te poem um sorriso na cara, um daqueles que te faz brilhar. Quando nessa dança parei para te olhar, vi um sorriso esmagador e talvez um pouco enbriagado que me confortou e me segredou quem eras tu . E nesse segundo embora que esmagado por tamanha invasão de bem estar vi-te desta forma bonita que vale a pena recordar. Tinhas os cabelos soltos e os teus olhos...os teu olhos, esses maginficos seres brilhavam pelo poder do teu à vontade e acima de tudo pelo poder de liberdade que neles transpareciam, eras feliz, estavas feliz, e relembrar este momento faz-me concluir que amar-te é ver-te como essa noite, é ver-te e concluir que sim , que te amo , que estás dentro de mim para sempre e o jogo da vida que me levaste a percorrer é o mais extraordinario de todos. Eu amo-te e quero ver-te feliz.
segunda-feira, 8 de junho de 2009
triste eu?
triste eu?
triste do outro de quem não sei nada
nada triste do outro lado do muro
Triste eu?
Triste porquê?
A tristeza que sinto não muda o outro
o outro não muda a minha tristeza.
Triste eu?
Triste tu.
Se a tristeza falasse não havia sofrimento.
Triste do quê?
Triste de mim e de ti.
Triste dos outros que te tocam.
triste daqueles que te acompanham.
Triste eu?
Tristeza muda ,que grita por inocência.
Tristeza que mata pela calada e te faz cair.
Triste ele?
Triste daquele que a tenta mudar e fazê-la falar.
Triste eu?
Triste da mudança e não da continuidade.
O triste é já não se poder ser triste.
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Janelas
Quanto tempo preciso para te dizer tudo o que não deixaste ? Hoje tenho raiva, hoje acordo com muita, muita raiva. Sempre é melhor que nada , sempre é melhor que o vazio e falta de emoção que invade o teu coração e o de outras milhares de pessoas que por ai deambulam e fazem-se apenas ouvir pelos pedidos formais e obrigatorios que têm que fazer ao longo da vida, ao longo dos anos.
A grande diferença é que rendermos-nos ao nosso aprisionamento é rendermos-nos perante a vida, segredinhos aos ouvidos de terceiros que escondem de ti proprio o que realmente queres, rende-te perante ti e sempre perante ti, não o faças pelos outros pensando que és muito corajosa! Realmente és ...muito corajosa, hoje acordei com raiva, hoje estou vivo , hoje grito , grito por tudo ser tão egoista e por ser tão pouco valioso. Não existe o antigamente que é tão bonito , é pena que não exista, eu gosto do antigo, gosta do verdadeiro antigo , exactamente por ser verdadeiro. O presente, já não lhe dou muito crédito , é falso, traiçoeiro e à primeira oportunidade não perdoa, não tem piedade, não pensa em ti.
Se um dia pudesse entrar por ti no labirinto que é o certo e o errado , não perderia tempo a decidir, não ficaria à porta a pensar e repensar aquilo que sei que tenho que fazer...Afinal o que é o certo?...o que é o errado? Se queres saber mesmo...Acho que é tudo errado!!!! É isso mesmo, estamos todos errados. TODOS! Certo é o amor, certo são as pessoas em quem acreditamos, certo são as crianças, certo é o BEM, certo não sou eu ou tu...Certo somos Nós!
Sinto a tua falta... e isso corrompe-me , isso doi-me, isso faz-me mal. Não tenho caminhos nem estratégias, nem jogos nem esquemas, sou só sentimentos e esses não têm combinações ou códigos, são decifraveis com lágrimas, com o lamento de não estares mais perto de mim. Ontem um pequeno pássaro pousou na minha janela aberta, ouvi o seu cantar ao longe e não reparei logo que ali se encontrava , quando o vi ali empoleirado , aproximei-me dele com medo que voasse, com medo que fugisse e impedisse a minha contemplação , ele não fugiu, ali ficou e cantou um pouco mais para mim, eu fiquei sentado a menos de um metro dele e durante aquele breve tempo em que se envaideceu e me fez companhia, fiquei mais cheio , fiquei mais eu. Mas voou e seguiu juntando-se aos outros que se encontravam empoleirados na àrvore em frente da janela . Percebi por instantes que outros passaros foram ter com ele e lhe deram bicadas, talvez pelo seu atrevimento, preocupados com o que lhe poderia ter acontecido ou com o que eu lhe poderia ter feito.
Como gostaria que a minha vida naquele momento se tornasse naquela fábula que tinha presenciado. Como gostaria de ser aquele passaro a voar para quem o protege, para quem o alimenta, para quem dele cuida. Não sou aquele pássaro pensei...e deitei-me sonhando sê-lo.
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Caveira
Crava a unha na carne e fere o morto no ouvido
cala a boca que arde, mostra que estás sozinho.
Limpa o sangue e a saliva seca e presa ao chão
dá-me um pano e limpa a alma desta maldita compaixão.
Morde o lábio que treme por não saber de quem é
vive a vida sem respirar, caminha pelo teu proprio pé.
Sai de ti ternura má que me atropela os sentimentos
falsos pretextos e emoções só para cair no esquecimento.
Tenho facas e bastões apontados ao meu peito
cavam-se buracos no estomago que me fazem andar direito.
Raios e trovões apoderam-se da minha alma
Castigos e penitencias fazem arte da minha raça.
Sou só eu... venho sozinho, cheguei sem armas e descalço
pensei que quisesses estar comigo .
Numa preguiça distante não encontro janelas
não encontro um perdão, sento-me e espero por elas.
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