quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

soltos


Faço a etiquetagem continua das pessoas que conheço
Paro, olho, vivo e escrevo revivendo essas pobres vidas
remexendo nas suas almas para que se esforcem mais e mais
Falta de luta e de vergonha em tantos rostos conhecidos
Quanto mais corro mais vejo o quanto tudo se torna aborrecido

Falta de riso e de lágrimas , falta de intenção e atenção
todos se movem no nada, nem as etiquetas penduradas 
nem elas vos trarão paz , riqueza ou mesmo o perdão.
Perguntas-te à consciência alguma coisa ? 
Pareceu-me bem que não.

E todos correm parados e imoveis 
todos fintam para entrar em algum lado, pertencerem a alguém
Talvez fujam por um dia, um mês , um ano , uma vida 
Acordando na espuma do mar, tirando vento a quem não tem  ninguém. 

Esses que agora me vêem parados , olhando para trás
não sintam dor nem odio, continuem sem parar
Existe no meu mundo uma guerra
Uma guerra calma e quente , que atravessa os corações dos Homens
e os arrefece e me deixa a mim cada vez mais distante.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Lords of the sun



Those were the days where gray did not exist
When we climbed the big mountain believing we wouldn´t get old.
It was impossible then, maybe still is, but for those out there in the cold
let the sun shine above from the past to put a litle warm in our souls.
To put a litle warm in our souls.
Because we now .

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

dias, pensamentos.


 Assim que nascemos, choramos por nos vermos neste imenso palco de loucos .


william Shakespeare (Rei Lear)


  

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Meter para dentro

É comer e calar, é ficares em silencio à espera da derradeira solidão sonolenta.
A perguiça que te estende às veias e que espera que morras, sentado e velho.
A sabedoria e a experiência aqui não valem nada, só a postura e a mordaça.
As frases seguidas e sistemáticas que te prendem ao chão frio e calado.
O que bate lá fora, não te bate cá dentro porque és estanque da tua propria inocência.
E a ferida que se abre em sal, só sara quando a porta bate e o eco se espalha na sala da tua consciência.
Se sabeis de alguém a que pertença este pedaço de corpo , não o divulgues e deixá-lo ir sozinho.
Se na tinta do discurso sentires a amargura da alma, forra-te de amor e ternura para o tentares derrotar , para seguires o caminho.
Se tentas reabrir o que fechas , tende cuidado, pois é no sangue que está a dor e pode bem ser ele o teu destino.

domingo, 24 de agosto de 2008

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

A minha cara!

Olha para mim quando falas assim.
Não precisas de fechar a mão, para isso já cá estou.
por favor não o faças por seres obrigada
obriga-te pelo que te lidera, pelo que há dentro de ti.

Se nada te bate ou te convence, então não posso fazer nada
Dorme e embala toda a miséria que te faz sofrer
Sai dela animada, desliza neste rio 
Neste oceano de prazer, leito da minha inocência .

Come o pó da minha rua, lama do futuro
desaparecido na juventude do meu rosto
faz o sequestro do presente transformando-o em passado
Sigo !  sigo em frente desanimado.

Queres tirar mais? arranca tudo de vez.
Não deixes raizes de pena 
mas por favor também não deixes porquês.
Grito do fundo de alguém. Alguém que sangrou por mais.
A ceguez que me ludibriou , e a que falhaste por querer demais.

Neste alcatrão sujo faço a minha pequena estrada
Faço lento e penoso , sem máquinas , sem nada.
Se falhei o cruzamento , então peço desculpa.
Vou continuar como o vento , vou seguir pela noite escura.


terça-feira, 15 de julho de 2008

Corpo de corda

Estica-se e entrelaça as pontas saidas e desiquilibradas. 
Nós de segredo que enganam e confundem o marinheiro.
Deles se desfazem lágrimas contidas, lágimas de nada,
entulhos de misturas finas que se  suspendem no nevoeiro

Tudo trilha, tudo tenso por entre a corda mal apertada
quebra o feitiço desses nós desamparados onde caiem
as tormentas e os laços do desejo.

Cai na àgua e fica pesado, pesado demais para te içar
Cai e desmancha-se amarelado, fica-se estendido
calmo, sereno, deixa-se afogar.

Renasce seco e sedento na alma.
Consegue erguer-se e falar
Consegue ao teu ouvido dizer
Ata-me por favor, sou de corda, faz-me agarrar.


sexta-feira, 6 de junho de 2008

Resolve for a Rainstorm

Quando a chuva bate na cara e o cuspo da culpa se dissimula por entre os teus pecados.

domingo, 1 de junho de 2008

Velha child

Ao olhar para ela vemos na sua feição a fragilidade da sua pele endurecida pelos vários ventos da vida, na sua face lê-se a nortada do sacrificio, a pele fraca que lhe cobre as pequenas mãos são de seda envelhecida, gasta pelo tranporte incessante de vários longos anos. Anos verdes, amarelos, anos pálidos que conta e reconta com o mesmo entusiasmo da adolescencia. Mas ela sente-o. Agora mais que nunca , o voltar ao embrião original, sente-se criança, criança envelhecida, gasta pela sua propria pureza, gasta por nós. Olhemos por eles, segreda ela ao ouvido de alguém também criança, também velho, também gasto.

domingo, 25 de maio de 2008

I´m Bad



Caught by nature, i´m bad deep there
tell me you love me, i´m worst then a nightmare
with a botle of whisky i know i can
to treat you better, to be a good man

with all the bad that covers me
i can disguise my sickness, i can try to hide
i could go to Paris, i just wanna fly high

My brother, my woman, my friend
Can you join me in this crazy dance
The Evil arrives shortly
maybe he will make me a better man

But i´m not worried about you or anyone
I´m bad, don´t forget that
i can take who ever i wan´t
I don´t feel bad to be bad

i would like you to know that tomorow
i can try to find a path, a path that takes me home
A Path that will show me death.

I will die first, i will die fast!

segunda-feira, 19 de maio de 2008

A Time To Become A Man

It was a time
When memories first form
Wrapping themselves
Around new young emotions

A time when snowflakes first fall

It was a merging time
When hearts collide
And the dances begin
Inside the hearts
Of two strangers

It was a time of rivers
And winds that roll softly
Across spring grasses
Only to fly up again
Towards the mountains

It was a time
When I put away
Childish things
And became a man

Cecil Krieger

sexta-feira, 9 de maio de 2008

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Fantasma Censura


Não entendo  porquê! Já é o segundo texto que publico e que passado 1 dia desaparece aqui da página por obra sabe-se lá de quem. É muito estranho, pois assim que os publiquei, confirmei que estavam visiveis na página, mas passado 1 dia desaparecem! Mistérios...Só aqui! No melancólica Independência! Eles andam ai!

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Abril meu


O meu abril está agora longe, tem liberdade é verdade. Mas liberdade limitada. O abril meu, que se afastou chorando por não ter nada , por ter deixado a mensagem sem ter tido resposta. 
O meu Abril é diferente do vosso, é cheiro , noite e jogo, são todos os sentidos embrulhados , é mais que a revolução, é seio da loucura do meu ser, é golpe de estado no meu coração! O abril meu é noite quente de verão, tem contornos magros e silhueta esbelta, ternurenta, não tem ódio , tem tesão.
Desse Abril, agora distante, restam seus olhos magros e brilhantes, seu amor guardado em cofre de aço que fechei com mil chaves que não sei onde deixei. Cravo transformado, Cravo que eu transformei, resta-me esperá-lo, resta-me ouvir seu sopro ao longe, tentar descodificar seu vento quente que passa na minha cara como que me iludindo na espera do seu retorno. 
Abril meu que passou e não dei conta, Abril despedaçado no chão, pisado pela minha rebelião, esventrado pelas milicias da minha alma, da minha indecisão. Abril que cresceu comigo, que me educou e me fez Homem, abril que largou, que partiu , que voou, Abril de primavera , da cor do arco-iris, iluminado , em dia de chuva e de trovão. Abril de mensagens codificadas, de romance antigo e belo que me fez rodopiar , do qual larguei a mão e deixei cair. 
O meu Abril é o melhor de todos, é só meu e sempre será, não me importa a história do mundo ou das pessoas, da fisica, das regras ou comportamentos, ele é meu , mesmo longe, mesmo sem mim! Abril meu , com toda a força do meu coração.

25 de Abril sempre!

quarta-feira, 23 de abril de 2008

O rei

Olha à tua volta. 
Obriga-te a olhar à tua volta, pois sei que não o fazes normalmente.
Todos pensam que és egoista , auto-centrado , sem nenhum problema em virares os caminhos dos que te são queridos. Monstro adormecido pela incerteza, mas que nunca deixa de o ser...Monstro!
Grandiosamente do alto da tua confiança fraquejada reinas e reges o teu povo com a astucia que te faz sentir bem, falsificando carne e emoção, contrabandeando sentimentos, caindo na tua própria esfera de medos, mas na qual  gostas de ver e observar o destino.
Sabes que mandas e que podes, sabes no fundo de ti o que realmente queres, mas contrariando-te, desafias as esferas, arriscas no medo de perderes tudo, só porque podes, só porque queres, só porque és rei. 
Tem cuidado para não caires, para não cegares, o teu povo ainda te olha com oportunidade, ainda te vê como um rei! 

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Capitão Sucesso


Entram todos os dias pela porta estreita, pela janela mal fechada , chegam a aproveitarem-se de outros para sorrateiramente entrarem aqui no meu mundo. Mas porquê? Porquê eu! Não , não me queixo, eu sei que pensamentos são ideias e que ideias se tranformam em coisas, em coisas, em coisas! Insisto! Paro. Penso. Pergunto. Mas não são meros pensamentos. São mais um turbilhão de dúvidas. Sim, e eu confesso que não sou daqueles que diz que , " há tens é que ocupar a cabeça com outras coisas e tal ", "isso é tudo psicológico", " Tens é que escolher um caminho e vai em frente com ele", e eu penso para mim, claro , é verdade, vocês têm todos razão, mas não venham com tretas, fácil é andar de bicicleta, dificil é andar aqui com a massa toda de gente, mais uma gota no meio do oceano a querer ser a proxima a evaporar-se e fazer a tão esperada viagem por todos os estados. 
Pois bem. Para combater o meu proprio defeito , achei que deveria mesmo gozar e abusar dele! Hoje apresento-vos em primeira mão , uma personagem que nos irá visitar aqui de vez em quando e presentear-nos-à com as suas histórias de como lidar com as suas duvidas, como resolver problemas amorosos, dinheiro, saúde etc.  Encarem esta rubrica aqui do "melancólica independência" como uma Maya alternativa, pratica, mas ainda sem linha de telefone onde vos poderia cobrar alguns dois euros por minuto. Não, aqui vai ser de graça, e nem precisam de enviar cartas ou mails com as duvidas que vos passa pelas vossas lindas cabecinhas, não precisam! Pois o capitão Sucesso irá responder a tudo! Não percam a proxima edição de Capitão Sucesso , onde o primeiro tema será DINHEIRO....esse papão que nos persegue e por vezes não nos deixa dormir! Só aqui no horário nobre do Melancólica Indepêndencia!

Para o Pancadas (o meu amigo)



Tal como te prometi...

" Um cão não é um Tamagoshi" 

Paulo Pancadas in Fonte da Telha, Março 2008

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Homenagem ao Rei do preto e branco


Estava na minha mesinha de centro de sala , e foi ainda ontem. Sim...! No primeiro dia de vida deste espaço, quando cheguei à parte do baptismo que de repente olhei para ele, ali tão pequeno mas a dizer-me tudo, "Melancólica independência" .... É exactamente o que têm sido estes meus ultimos dez anos de vida, lá está, pensei eu, mais uma vez o Sr. Jim a ilucidar-me, e desta vez só com o titulo, pois bem, ésta é a verdade sobre o nome de baptismo aqui do melancólica, agradeço a este grande senhor do cinema, não só pelo titulo que lhe roubei ao seu livro, mas por toda a sua obra e sensibilidade, e afinal por estar ali , naquele preciso momento em que tudo fazia sentido, no ontem, nessa quinta feira de Abril.

Obrigado Jim,

Vemos-nos por ai.

Cinema















Uma das coisas que provavelmente irão ver e ler com mais frequência aqui no Melancólica Independência é Cinema. Desde pequeno , quando a minha mãe me levou pela primeira vez ao agora velhinho Fonte Nova para ver na altura "A branca de Neve e os 7 anões" da Disney, que fiquei rendido à sétima arte, sempre amei ir ao cinema e ainda hoje tenho aquele frio na barriga sempre que me sento nessas salas mágicas que te levam através do tempo, na verdade, para mim são autenticas time machines que nos fazem subir e descer através de angulos, efeitos especiais, realidade absoluta, caras de mil feições, diálogos e tantos outros truques.
Na verdade ser realizador, é como ser um mágico , a principio tudo está à vista de todos, depois durante o processo tudo se pode tranformar em algo nunca antes visto anteriormente, que só o reralizador tinha na manga, já os actores...é a mesma coisa, não se ofendam com a comparação, mas são como os coelhinhos do mágico, tanto são brancos e de orelhinhas arrebitadas como se transformam em pombas esvoaçantes e rebeldes. É assim o cinema, mágico e obrigatoriamente em constante mutação, é a liberdade projectada em imagens !

" Eu acredito que o mundo dos filmes seja análogo ao do circo, onde a ligação entre a mulher com barba, os liliputianos, os trapezistas, os palhaços, é maior do que aquela que têm com os seus irmãos e irmãs normais que têm vidas "civis" longe do circo".

Federico Fellini

Primeiro respirar

E vim à tona...
Respirar com voçês, quero ser parte deste espaço, partilhar e ser partilhado, dar e receber , pluralizar ideias que são sonhos e exercicios de alma que ajudam a crescer, de voçês espero a verdade mágica do coração, para voçês a honestidade infinita das imagens das palavras e dos poetas.
Hoje sou mais um a querer entender o todo de todos vós.